PT deve suspender vereadora presa suspeita de participar de chacina no Ceará

A Medida é de caráter cautelar, e serve para que membros do PT possam ter direito a ampla defesa
Edivanda de Azevedo, vereadora de Ibaretama (CE). - Foto: Google.
O PT deve suspender a vereadora eleita Edivanda de Azevedo, presa nesta sexta-feira (18), suspeita de participar de uma chacina em Ibaretama (CE). O crime ocorreu em 26 de novembro, e sete pessoas foram assassinadas por um grupo de homens encapuzados, dentro de casa.

O regimento interno do partido prevê afastamento nestes casos. Internamente, diz o presidente estadual Antônio Filho, o "Conin", o caso já estava sendo tratado. Agora, ele espera a manifestação do diretório municipal para que o partido possa tomar a decisão

“Com o fato novo [da prisão], vou convocar uma nova reunião para hoje (sábado), e provavelmente ocorrerá a suspensão”, disse Conin.

A medida é de caráter cautelar, e serve para que membros do PT possam ter direito a ampla defesa. O objetivo é que o diretório municipal em Ibaretama se posicione sobre o caso. Até as 10h30 deste sábado, o presidente estadual da sigla ainda não havia se reunido com os petistas de Ibaretama. O encontro deverá ser virtual, para acelerar o processo.

Na madrugada do dia 26 de novembro, sete pessoas foram mortas em Ouro Preto, no distrito de Pedra e Cal, em Ibaretama. Homens encapuzados e armados entraram pelos fundos da casa e começaram a atirar, segundo a delegacia de Quixadá.

Uma moradora do entorno afirmou na ocasião que homens armados deram ordem para entrar no local. Uma mulher, que seria proprietária da casa, tentou impedir os suspeitos e foi a primeira a ser morta. Em seguida, os atiradores mataram outros cinco homens e a criança que estavam dentro da residência.
Vítimas foram executadas dentro de residência durante a madrugada. - Foto: Leabem Monteiro/SVM
Filhos também foram presos

Nesta quinta-feira (17), os dois filhos da vereadora, que já estavam presos, se tornaram réus por envolvimento no caso. Os irmãos Francisco Victor Azevedo Lima e Kelvin Azevedo Lima são suspeitos de prestar apoio logístico para as execuções.

As investigações da Polícia Civil apontam para, além das disputas de facções, a intenção de que roubos cessassem no reduto eleitoral da vereadora eleita.
Com informações: G1 Ceará.
Edição In Foco: Eduardo Machado.

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