Justiça Federal concede liberdade provisória ao jornalista Tony Trindade

Tony Trindade foi preso durante a Operação Acesso Negado na terça-feira (18)

Jornalista Tony Trindade.  Foto: Portal Cidade Verde.

A Justiça Federal concedeu liberdade ao jornalista Tony Trindade, suspeito de monitorar as investigações que culminaram na Operação Delivery e de divulgar informações sigilosas aos investigados, colaborando para a destruição de provas e manipulação de depoimentos. A informação foi confirmada pelo advogado de defesa do comunicador, Lucas Villa Laje.

A fiança estipulada pela justiça foi de R$ 3 mil. De acordo com a decisão, a soltura de Tony Trindade não representa risco à ordem pública.

Justiça Federal revoga prisão do jornalista Tony Trindade. - Imagem: G1 PI.

"Não estão presentes os pressupostos legais para a manutenção da prisão preventiva (art. 312, do CPP), inexistindo elementos que indiquem risco à ordem pública, à instrução processual ou à persecução penal, de forma que a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão constitui alternativa suficiente para preservar o fundamento da prisão preventiva e garantir o prosseguimento do processo criminal", informou o juiz Leonardo Tavares, da 1ª Vara Federal Criminal do SJPI.

Tony Trindade foi preso durante a Operação Acesso Negado na terça-feira (18) e, logo depois, foi transferido para a Penitenciária Irmão Guido.

Segundo o delegado Alan Reis, o jornalista teria compartilhado informações sigilosas, o que contribuiu para que os investigados se antecipassem às ações da Polícia Federal, prejudicando o trabalho policial. Segundo o delegado, provas foram destruídas e celulares foram descartados e os depoimentos de investigados eram muito semelhantes.

O acesso às informações sigilosas teria ocorrido por meio eletrônico, e o jornalista precisaria de uma senha de acesso que seria de um agente público. Os policiais investigam ainda quem seria o agente público que teria ajudado o jornalista a ter acesso às informações.

Ainda segundo o delegado Alan Reis, no material arrecadado durante a investigação, os policiais identificaram conversas do jornalista em que ele falaria no que a PF classificou como “atos intimidatórios”, no intuito de minimizar a repercussão das investigações.

Fonte: Laura Moura/G1 PI.
Edição: In Foco.

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