PF combate crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e de pirâmide financeira no Piauí

Foram mobilizados 12 Policiais Federais para o cumprimento de 4 mandados judiciais, nas cidades de Teresina, no Piauí, e São José dos Pinhais, no Paraná

EDUARDO MACHADO
PARNAÍBA-PIAUÍ
08h58 - Atualizada às 09h15.

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (08) a Operação “Stop Loss” com o objetivo de desarticular grupo criminoso que praticava crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e de pirâmide financeira (Esquema Ponzi) em diversas cidades do estado do Piauí e do Maranhão.
PF deflagra Operação Stop Loss.
Foto: Divulgação/PF.
Foram mobilizados 12 Policiais Federais para o cumprimento de 4 mandados judiciais nas cidades de Teresina, no Piauí, e São José dos Pinhais, no Paraná, sendo dois mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão domiciliar. As ordens foram expedidas pela Vara Federal Cível e Criminal da Subseção da Justiça Federal de Floriano, no Piauí.
PF deflagra Operação Stop Loss.
Foto: Divulgação/PF.
Os investigados se apresentavam como “traders” para captar economias de vítimas/investidores, a pretexto de aplicar os recursos no mercado de valores mobiliários.

As investigações mostraram a captação de recursos de clientes (vítimas) por meio de fraude, com promessas de ganhos mensais de até 25% sobre o capital investido, para supostamente serem aplicados no Mercado Financeiro através de empresa não autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM a captar recursos e realizar investimentos no mercado.

Os investigados emitiram e ofereceram ao público valores mobiliários consistentes em contratos de investimento coletivo em nome de empresa de fachada, sem registro prévio de emissão junto à CVM e sem qualquer lastro ou garantia suficientes.

O inquérito policial foi instaurado em 2022 e apurou que o grupo arrecadou das centenas de vítimas espalhadas pelas cidades de Floriano e Picos, no Piauí, São Luís, no Maranhão, e Maceió, em Alagoas, o montante que ultrapassa R$ 60 milhões de reais.

Além disso, restou demonstrado até o momento que os valores disponibilizados pelas vítimas/investidores para os criminosos variavam de R$ 5 mil a R$ 4,2 milhões, depositados em contas da empresa de fachada bem como diretamente nas contas pessoais de membros da associação, entre elas familiares e amigos dos investigados.

Os envolvidos devem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, crime contra a economia popular, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A operação contou com a colaboração do Ministério Público Federal - MPF, Coordenação-Geral de Repressão à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Federal (CGRC/PF) e da Polícia Civil do Piauí.

Stop Loss

O nome da operação é uma referência ao mecanismo de proteção que pode ser utilizado para impedir a desvalorização antes que o preço de uma ação ou ativo semelhante continue a cair. Com isso, quando as aplicações atingirem o limite de perda programado pelo investidor, uma ordem de venda é enviada automaticamente.

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